7o. Ano matutino EAS Toyota

quinta-feira, 18 de março de 2010

A face da violência urbana

   Segundo o Aurélio (dicionário da língua portuguesa), violência é: “ato violento ou ato de violentar”. Numa definição mais opulenta do termo, entende-se por violência a prática de um comportamento agressivo, por parte de um indivíduo que causa dano a outro ser vivo, ou até mesmo objeto e se materializa através do uso excessivo da força física e/ou mecanismos que causam dano físico. Trata-se de um comportamento agressor e transgressivo que resulta em um grave problema social que vem desencadeando-se ao longo dos tempos.
   A violência se personifica de diversas formas e pode ser caracterizada igualmente: violência contra a mulher, violência moral, violência sexual, violência contra a criança e o idoso, entre outras. Cabe salientar que essas diversas formas de violência podem ser observadas em vários espaços, sendo o meio urbano o mais propicio para o desencadear destes atos. Destarte, todo esse conjunto de violências pode ser inserido no âmbito da violência urbana.
   Fenômeno disseminado em grandes cidades, a violência urbana é determinada por valores culturais, sociais, econômicos, políticos e morais de uma sociedade. De forma mais específica, pode-se associar alguns problemas e práticas que contribuem como o crescimento da violência urbana: desestrutura familiar, desemprego, tráfico de drogas, discussões banais, entre outros. Hoje, a violência urbana não é uma preocupação exclusivamente brasileira, mas sim uma questão que preocupa tanto os países em desenvolvimento como os desenvolvidos.
   Todavia engana-se quem acredita que o fenômeno da violência urbana está restrito aos grandes centros. Esse problema pode ser observado também em pequenos centros urbanos, em todo o país, onde recentemente as manchetes dos jornais mostram um aumento no número de assaltos, homicídios e outros atos de violência, o que deixa as populações locais apreensivas. Isso comprova que a violência tem tomado proporções gigantescas e atualmente é configurada como um “morbus social” que carece de uma solução urgente.
   Como conseqüências da violência urbana, podemos citar inúmeros exemplos de atrocidades cometidas diariamente, noticiadas pelas redes de televisão, rádios, jornais e revistas, como: seqüestros e assaltos nas grandes metrópoles, estupros de crianças, assassinatos em série, entre outros, que causam pavor na sociedade. Alguns exemplos são o caso do garoto João Hélio, (ocorrido em 2007) que foi arrastado vivo por um carro na periferia do Rio de Janeiro e até hoje causa indignação na população e mais recentemente os casos do assassinato da menina Isabela Nardoni pelo pai e madrasta, e o caso do seqüestro de Eloá que teve sua vida interrompida pelo namorado agressor.
   Além da conseqüência social, cabe salientar ainda a conseqüência econômica que a violência urbana gera aos cofres públicos, uma vez que, na tentativa de amenizar os problemas resultantes da violência, investimentos que poderiam ser aplicados em políticas de promoção do bem-estar social, acabam sendo “aplicados” em segurança.
   Na tentativa de descortinar a face da violência urbana e suas causas e conseqüências, percebe-se que este é um problema que nos últimos anos têm transbordado os limites dos grandes centros urbanos, e atinge cada vez mais, pequenas cidades do interior do país. Cabe lembrar também que o problema da violência urbana não é uma exclusividade do Brasil ou dos países subdesenvolvidos, ou seja, até mesmo nos países com melhores padrões econômicos e com melhores indicadores sociais a violência urbana é uma realidade que ganha cada dia mais espaço. A solução para o problema da violência urbana envolve não apenas a questão da segurança pública, mas também questões como melhoria do sistema de educação, moradia, oportunidades de emprego entre outros fatores e requer uma grande mudança nas políticas públicas e na sociedade como um todo.

Iasmin M.Tatsumi

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