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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bullying - Maus tratos na escola


E se um dia o seu filho chegasse a casa e pedia para mudar de escola?
Ele pode estar a ser vítima de bullying. É uma expressão que se tornou Universal, apesar de desconhecida, não é uma coisa nova, provavelmente os seus pais já o praticavam na altura que estudavam.


Ofender, humilhar, discriminar, excluir, ignorar, intimidar, perseguir, agredir, ferir, estragar objectos pessoais, são alguns dos sintomas do bullying.

O bullying é uma agressão física, verbal e emocional quase diária, que inclui insultos ou até assaltos. Trata-se de um fenómeno mundial que existe nas escolas desde o jardim-de-infância e atinge o auge no 2º e 3º ciclos do ensino Básico. Em Portugal a palavra ainda é desconhecida para muitos, mas nos Estados Unidos o bullying atingiu proporções preocupantes.

Segundo os dados da «National Association of School Psychologists», uma em cada sete crianças norte-americanas em idade escolar é um bully (o agressor) ou uma vítima.

Os números tornam-se ainda mais surpreendentes quando compreendemos que estas agressões prejudicam os resultados académicos de 22% dos estudantes do 4º ao 8º ano.

Esta tortura psicológica e física pode deixar marcas para toda a vida. Depois de algum tempo, as vítimas de bullying tornam-se ansiosas e deprimidas. Perdem auto-estima e começam a pensar que se calhar até merecem ser maltratadas.

A depressão pode até levar ao suicídio e, segundo o especialista em educação, isso acontece mais do que se pensa. “30% dos suicídios juvenis são por causa do bullying”.

Qualquer criança pode ser vítima de bullying, mas aquelas que são diferentes, ou não se encaixam, são normalmente as mais martirizadas. A aparência física parece ser o que desencadeia mais atitudes de bullying. Mas não há regas.

As crianças com deficiências físicas podem ser tão alvo dos bullies, como aquelas que são muito bonitas e populares na escola

Os alvos comuns são pessoas ou grupos que apresentam características destoantes da grande maioria, sejam estas deficiências físicas ou diferenças étnicas e culturais. São os famosos "quatro olhos", "cromos".

Os rapazes estão muito mais envolvidos, tanto como autores quanto como alvos. Os agressores costumam bater, insultar, roubar e destruir os bens do oprimido.

Nem todos conseguem se livrar da pressão imposta pelos pequenos opressores. Hoje em dia, já não são raros os casos de adolescentes que invadem escolas armados, matam colegas e professores e terminam por cometer suicídio. O episódio retratado no documentário "Tiros em Columbine", do cineasta Michael Moore, aborda um dos muitos casos. Em abril de 1999, dois jovens, Eric Harris e Dylan Klebold entraram na Columbine High School fortemente armados, assassinaram 12 colegas e uma professora, antes de acabarem com as próprias vidas. O facto chocou o mundo, mas, talvez seja mais chocante o motivo que motivou a realização da chacina: eles eram vítimas de bullying.

Os especialistas afirmam que a violência que surge na infância gera reflexos na vida adulta. Um jovem que é vítima da discriminação dos colegas tende a ser retraído, sofre mais de depressão e pode vir a cometer suicídio. Já o agressor pode se tornar violento e vir a cometer crimes.

A longo prazo, o bullying pode levar à sensação de impunidade e, consequentemente, no futuro, à atitudes anti-sociais, dificuldades no relacionamento afectivo, delinquência ou actos criminosos. Pode também levar às atitudes agressivas no trabalho ou à violência familiar.

Enquanto os rapazes usam a agressão física para intimidar, as raparigas têm sua própria maneira de maltratar e humilhar as colegas. As agressões verbais são constantemente recorridas para isolar uma colega do grupo.

Nome : Aline M. Hayashi - Número 03 .

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